terça-feira, 18 de novembro de 2014

Das Festas

   Durante o ano, incontáveis festas (ok, talvez não incontáveis, mas definitivamente muitas) são realizadas. Festas dedicadas aos ídolos, agradecimento, comemorando farturas... muitas e muitas festas. Como o cristão deve se comportar diante de tais festas? É licito participar de festas como as juninas/julinas? É licito participar das festas de natal e ano novo? E das festas que celebram uma colheita farta?
   Tudo quanto o cristão fizer ou disser deve estar em concordância com a Bíblia, em hipótese alguma o cristão pode ou deve formar opinião baseado em opiniões de terceiros, publicações seculares ou senso comum, todas estas coisas são de sabedoria humana e a Bíblia diz que a sabedoria do homem é loucura para Deus (1 Co 3:19), não importa se quem falou é pastor, profeta, ministro ou novo convertido, se não há respaldo bíblico, não provém de Deus.
   Dito isto, sabemos da simbologia contida em tais festas (ao menos espero que você, caro leitor, saiba), há quem diga que não há problema, pois, está escrito que ídolos são apenas ídolos, pedras mortas, esquecem entretanto que logo em seguida está escrito que por trás das imagens há demônios e que não devemos partilhar da mesa de demônios (ver 1 Co 10).
   Mas também está escrito que é apenas uma questão de consciência, se minha consciência não acusa, não existe pecado. Contudo está escrito que eu não devo fazer algo se a consciência do meu irmão diz que aquilo é errado, pois o levaria a escandalizar-se, e por fim diz que não devemos ser julgados pela consciência de ninguém senão nossa própria consciência. São muitos textos e parecem contradizer-se, isto está correto? Qual texto devo seguir?
   Primeiro: os textos não são contraditórios, são complementares.
   Segundo: depende basicamente do meio em que você se encontra, alguns irmãos possuem maturidade para entender que se sua consciência não acusa não há pecado, mas se o irmão não tiver esta maturidade, você arriscará perdê-lo? Por uma festa?
   Dito isto, vamos a explicações. A origem destas festas é inegavelmente pagã, podemos aceitar o julgo desigual ao qual somos submetidos ao aceitar que as festas de outros deuses entrem em nossas vidas?
   Talvez você se defenda dizendo: "as festas são estratégias para ganhar vidas e arrecadar dinheiro para a obra". Então eu lhe pergunto: seu deus é tão pequeno e tão pouco criativo que precisa reaproveitar as ideias e estratégias criadas por demônios?
   O meu Deus esquadrinhou o universo, criou céus e Terra (Gn 1:1), criou tantos animais que ate hoje não conhecemos todos eles (Gn 1:30), criou cada pessoa unica e especialmente (Jr 1:5, Sl 139:13-14), tal Deus tão maravilhoso e criativo certamente não precisa copiar festas idolatras. Se meu Deus é tão poderoso e criativo, por que eu me renderia a tais festas? É necessário renovar nossas mentes (Rm 12:1,2) e deixarmos de lado a ideia de que precisamos copiar as ideias deste mundo.
   Somos livres e tudo podemos fazer, mas que proveito temos nisto tudo? Estamos realmente edificando ou estamos apenas nos divertindo? Tudo que fizermos, deve ser feito para Deus, deve ser feito o melhor (Cl 3:23). O melhor que tem a oferecer para Deus e a copia de uma festa idolatra?
   Deixo a cada um que lê este texto o convite para buscar de Deus a revelação dos propósitos de Deus para sua vida, não percam tempo com coisas fúteis, buscai aquilo que é eterno. Deixe que sua consciência julgue o que é certo, busque contudo o fundamento na palavra de nosso Senhor e salvador.